Xinjiang: uma nova fronteira na China3 min. de leitura

Na região de Uigur, antiga rota da seda, um novo país surge diferente do já esperado

Ken Kan

Acompanhe a viagem do Ken Kan pela China e suas descobertas em Xinjiang – foto: arquivo pessoal

Até agora, minha viagem de 2018 me levou a lugares relativamente “normais” para a maioria das pessoas que viajam. Mas, quando eu comecei minha jornada este ano, eu estava de olho em visitar um local específico do mundo: a Região Autônoma Uigur de Xinjiang, na China.

O que me fascina sobre Xinjiang? Em suma, o povo e a cultura uigures, embora exista mais do que apenas essa etnia: 50% são uigures, 40% chineses do grupo han e o restante são povos de países vizinhos. Em resumo, eu estava interessado em ver a China, que não é bem a China, pelo menos não como é vista aos olhos da maioria das pessoas: a Grande Muralha da China, a Cidade Proibida, os Guerreiros de Terracota, os pandas, o pato de Pequim, a comida de Sichuan e os arranha-céus de Xangai são todos maravilhosos. Mas são tão…“chineses”.

Do outro lado do vasto Deserto de Taklamakan, fica parte da Mística e antiga Rota da Seda, outro lugar que eu tinha interesse. Inicialmente, eu queria atravessar por terra e apesar de trens de alta velocidade conectarem a China Central-Oriental e Urumqi (capital da província de Xinjiang) na Ferrovia Lanzhou-Xinjiang, ônibus-trem ou pequenos voos permanecem como as únicas opções — na maioria das vezes — quando você decide ir para o oeste de lá.

Desafio para encontrar acomodação

Além disso, o atual estado de coisas entre o Partido Comunista Chinês e os muçulmanos na região resultou na proibição de estrangeiros na maioria das acomodações em Xinjiang, devido ao medo (eu acho) de possíveis jornalistas “espionando” ou observadores de Direitos Humanos. Nas grandes cidades como Urumqi e Kashgar, geralmente, é possível encontrar um lugar para ficar, por um preço alto, às vezes. (Hefty” custa cerca de US$ 40 por noite em hotéis de negócios. Um muito mais barato, mas “dampier” por US$ 15-20 USD uma noite é factível). No entanto, era impossível encontrar acomodação em cidades como Hotan e Aksu, paradas importantes que ajudam a interromper uma longa jornada por terra. 

Durante o meu tempo na China, eu usei um site chamado “CTrip”  (agência de viagens chinesa) para reservar a maioria das minhas acomodações, pois é o site de busca de hospedagem escolhido pelos chineses, portanto, onde a maioria é listada. No entanto, quando eu reservei um hotel ou pousada em Hotan/Aksu, recebi uma confirmação por e-mail, mas fui contactado alguns dias depois por representantes de atendimento ao cliente pedindo desculpas por minhas reservas terem sido canceladas devido ao fato de meu alojamento não ter as devidas autorizações para permitir que estrangeiros permanecessem. Alguns proprietários realmente mencionam isso em sua página de reserva, para que os estrangeiros possam ignorá-los durante o processo de reserva, mas outros não.

Leia o texto original no blog Where is Ken?: http://whereisken.com/the-new-frontier-xinjiang/

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